As áreas florestais do Parque são dominadas por zonas arborizadas com pinhais, essencialmente, constituídos por povoamentos de pinheiro-bravo (Pinus pinaster), com alguns pinheiros-mansos (Pinus pinea), que resultaram de plantações ou por regeneração natural, estabelecendo um biótopo agora estável. No PNLN esta comunidade está restrita a uma parte do pinhal dunar, com predominância a sul do Cávado.
Entre Fão e Apúlia, surgem atualmente áreas de pinhal misturados com outras espécies arbóreas como o carvalho-alvarinho (Quercus robur), o sobreiro (Quercus suber), o amieiro (Alnus glutinosa), salgueiro (Salix atrocinerea), loureiro (Laurus nobilis) e o pilriteiro (Crataegus monogyna). O estrato arbustivo é bastante desenvolvido e diverso, podendo apresentar espécies como o sabugueiro (Sambucus nigra), o sanguinho-das-sebes (Rhamnus alaternus) e as silvas (Rubus ulmifolius), existe também um estrato lianóide (trepadeiras), onde podemos encontrar: a hera (Hedera madeirenses subsp. iberica), as madressilvas (Lonicera spp.), o arrebenta-boi (Tamus communis) e a erva-de-são-tiago (Senecio mikanioides). Estas áreas podem, periodicamente, ser inundadas.
Este habitat apresenta-se em situação critica dada a sua pequena distribuição e abundância. A regressão dos bosques autóctones deve-se sobretudo à influência de fatores externos, conduzindo estes habitats a pequenas manchas e à sua fragmentação. Entre as principais ameaças que colocam em risco a conservação das matas florestais está a invasão por espécies exóticas, como as acácias (Acacia spp.) ou a erva-das-pampas (Cortaderia selloana), sendo particularmente nefastas no subcoberto arbustivo onde ocorre a maior parte da biodiversidade florística e a intervenção humana, quer para o abate de árvores para extração de madeira, alteração dos níveis dos lenções freáticos ou ainda as atividades de agrícolas.
Por se tratarem de habitats em risco de regressão o PNLN tem especial interesse na sua conservação, contribuindo para a preservação de uma paisagem natural que remonta ao passado, num período pré intervenção antrópica, sendo que a divulgação deste habitat deve ser tida em conta. Para além do valor patrimonial, historio e natural da pequena mancha de folhosas, destacam-se outros serviços prestados por este ecossistema, tais como a regulação do ciclo de água; retenção do solo e produção de madeira, para além da sua riqueza em termos de biodiversidade.