Empoleirados num dos pontos elevados da arriba fóssil, essa linha de penedia que delimita a planície litoral dos primeiros relevos a nascente, encontramos um miradouro natural de rara beleza. A partir daqui, a vastidão da paisagem se desenrola diante de nossos olhos, convidando-nos a uma imersão completa em seus encantos.
Olhando para o oceano a Oeste, a vista passa por Esposende e Fão. Se o tempo colaborar e a bruma atlântica permitir, podemos até distinguir os famosos “Cavalos de Fão”, rochedos imponentes que desafiam as ondas furiosas, adquirindo uma brancura resplandecente com a espuma do mar.
Seguindo o olhar para o interior, acompanhamos o sinuoso trajeto do Rio Cávado, serpenteando por entre campos verdejantes que ele irriga e fertiliza até perdê-lo de vista entre bosques! Lá no horizonte, os moinhos de S. Félix se erguem como sentinelas silenciosas, testemunhas da história e do trabalho árduo das gentes da região. Mais perto, o Monte Faro, um outro cabeço semelhante àquele em que nos encontramos, completa o panorama.
Mas a beleza da paisagem não se limita a oeste e sul. Olhar para nascente, o Minho revela seus encantos em toda sua extensão. Se o tempo estiver propício, podemos distinguir, por mais de 30 quilómetros, a topografia acidentada da região, até chegar ao Santuário do Sameiro, já nos arredores de Braga. E para o norte, outro ponto alto se destaca: o Monte do Facho, outro promontório da arriba fóssil que complementa a grandiosidade da vista.
Neste local mágico, a natureza se revela em toda sua plenitude, convidando-nos a uma contemplação serena e revigorante. É um lugar onde o tempo parece desacelerar, permitindo-nos apreciar a beleza singular da paisagem e sentir a paz que emana da junção entre o mar, a terra e o céu!
